terça-feira, 5 de maio de 2009

Oeste completa quatro meses com chuva abaixo da média


Segundo matéria publicada na versão on line do Diário Catarinense de hoje, já são quatro meses com chuva abaixo da média no Oeste de Santa Catarina. De acordo com o observador meteorológica da Epagri em Chapecó, Francisco Schervinski, o ano começou com precipitações um pouco abaixo da média e que se agravaram nos últimos dois meses.

O número de municípios em situação de emergência chegou a 83 em função da estiagem.

Em março choveu apenas 17 milímetros e, em abril, 36 milímetros, para uma média história de 167 milímetros. Somando os quatro meses do ano foram 382,9 milímetros, para uma média de 663 milímetros.

O déficit hídrico no ano é de 280,1 milímetros, o que representa 42,2% a menos do que o normal.

O secretário de Agricultura de Chapecó, Mauro Zandavalli, disse que cerca de 100 famílias estão recebendo água no interior. São dois caminhões da Prefeitura e dois do Corpo de Bombeiros levando cerca de 80 mil litros de água por dia.

Nesta segunda-feira, o município recebeu mais um caminhão-pipa, que deve reforçar o atendimento. O prejuízo, que era de R$ 12 milhões no mês passado, deve aumentar, segundo o secretário. Isso devido ao acréscimo das perdas na produção de leite, que já chega a 50%.

— As pastagens de verão secaram e não há umidade para plantar as pastagens de inverno — explicou.

Com isso os produtores estão tendo que recorrer a ração e silagem, o que aumenta o custo em 30%. Zandavalli solicitou que as agroindústrias não reponham animais em propriedades que não tenham água suficiente.

O secretário disse que seria necessário viabilizar uma auxílio para os produtores, que ficarão sem renda. O produtor Vitório Pecini, da linha São Roque, só não vai ficar sem renda devido ao aviário.

— Se dependesse da lavoura de milho ficava sem nada — disse.

Mesmo com o auxílio do seguro agrícola, que descontou R$ 7 mil da dívida de R$ 11 mil, ele acha que não vai sobrar nada.

— Não sei se vou colher o suficiente para pagar os R$ 4 mil restantes.

Para piorar, a produção de leite, que era de 150 litros por dia, caiu para 100 litros/dia.

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